A Neurociência da Autoestima: Como o Cérebro Molda a Percepção de Si Mesmo.

A autoestima refere-se à maneira como nos avaliamos e valorizamos. Na perspectiva da neurociência, esse processo de autopercepção envolve várias regiões do cérebro e neurotransmissores, que influenciam diretamente nossa sensação de valor pessoal.

O Processo Neurocientífico da Autoestima.

Existem duas áreas chave as quais desempenham papéis centrais na formação da autoestima: o córtex pré-frontal e o sistema límbico.

O córtex pré-frontal é a área cerebral responsável pela autorreflexão e tomada de decisão. Essa área nos permite analisar experiências, controlar impulsos e avaliar o próprio valor com base em padrões racionais e emocionais previamente estabelecidos.

Já o sistema límbico, conhecido também como cérebro emocional é responsável pelo processo das emoções, comportamentos motivados e memória. Ele interage e determina como respondemos a estímulos como críticas ou elogios que afetam nossa percepção sobre nós mesmos, influenciando nossos sentimentos de segurança ou insegurança.

A interação que ocorre em nosso cérebro com os estímulos culmina em processos químicos feitos por neurotransmissores, como por exemplo a dopamina, neurotransmissor associado a sensação de recompensa. Níveis adequados de dopamina podem gerar uma percepção positiva de si mesmo.

Há também outro neurotransmissor que contribui para o processo de regulação da autoestima é a serotonina. Quando os níveis dessa substância estão baixos em nosso organismo, eles podem causar o sentimento de insegurança e baixa autoestima, enquanto níveis equilibrados promovem o bem-estar emocional.

Fatores Moduladores da Autoestima

A autoestima é moldada por uma combinação de fatores externos (influências do ambiente) e fatores internos (características individuais e biológicas). Esses elementos interagem para formar a maneira como nos vemos e nos valorizamos.

Experiências na Infância

A forma como somos tratados na infância, especialmente por pais, cuidadores e professores, exerce um grande impacto na autoestima. Crianças que crescem em ambientes de apoio, com incentivo e reconhecimento, tendem a desenvolver uma autoestima saudável. Por outro lado, ambientes críticos ou negligentes podem gerar baixa autoestima.

Interações Sociais

O feedback que recebemos de outras pessoas, como amigos, colegas e familiares, afeta diretamente nossa percepção de valor. Elogios, críticas, rejeições ou aprovação social moldam o modo como nos enxergamos. A inclusão social por exemplo é a sensação de pertencimento e ela é essencial para uma autoestima positiva.

Cultura e Sociedade

Normas culturais e expectativas sociais também têm um papel importante. Padrões de beleza, sucesso e comportamento difundidos pela mídia e pela sociedade podem impactar a autoestima, visto que causam insegurança e sentimento de inadequação.

Agora que você já sabe como sua autoestima é formada, que tal utilizar esse conhecimento para reavaliar a sua percepção sobre si mesmo?

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Abraços e até a próxima. 😊

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